Nova derrota da seleção expõe erros da CBF na mal planejada sucessão de Tite

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O zagueiro Otamendi sobre mais do que os brasileiros e faz o gol da Argentina — Foto: Reuters
Fernando Diniz fecha participação nas eliminatórias com 38% de aproveitamento em seis jogos

É evidente que a terceira derrota consecutiva do Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 deságua em críticas ao trabalho de Fernando Diniz. Que merece questionamento, é claro, mas caminha em linha reta, ainda que tenha fechado sua participação no torneio com 38% de aproveitamento.

Mas é preciso olhar o todo, analisar o contexto e ser duro com quem, na verdade, é o responsável pelo momento da seleção: Ednaldo Rodrigues, o presidente da CBF, homem que colocou o cargo debaixo do braço e joga como se fosse o dono da bola.

Dirigente inepto, mal assessorado e perdido no tempo e no espaço, Ednaldo apequenou o maior símbolo do futebol do país e faz com a seleção o que já havia feito com trabalho de formação de treinadores da própria entidade que preside.

Acabou com o departamento de seleções, não soube gerir a sucessão de Tite e inventou tardiamente um treinador que aceitasse o papel de interino. Mas, com um detalhe: um interino com viés autoral e a pompa de protagonista.

nfim… o Brasil não fez um jogo ruim. Mas não teve a frieza necessária, pecou em finalizações e foi castigado com outra bola cruzada sobre a área: o zagueiro Otamendi subiu mais do que todos e fez um bonito gol para uma Argentina que não conseguia encaixar seu jogo.

O time brasileiro tem atuado com muitos desfalques e no intervalo ainda perdeu Marquinhos, sua melhor referência defensiva. Do outro lado estavam os atuais campeões do mundo, que festejaram mais uma vitória no Maracanã e liderança do grupo sul-americano.

Pancadaria antes de Brasil x Argentina — Foto: Alexandre Cassiano

Pancadaria antes de Brasil x Argentina — Foto: Alexandre Cassiano

VERGONHA. Falo há algum tempo deste protocolo de policiamento nos estádios de futebol do Rio de Janeiro. Soldados despreparados, condutas agressivas e um festival de selvageria alimentada pelo uso desmedido da porrada, das balas de borracha e do spray de pimenta. Tudo isso, somado à péssima organização na venda dos ingressos e acomodação dos torcedores. O que vimos ontem no Maracanã é vergonhoso e reflete muito do atual governo do estado. Resta ver qual será a postura do Ministério Público e se haverá pedido de interdição do estádio como fora feito, covardemente, com São Januário.

Fonte: Extra.globo