Nos pênaltis, Boca Juniors elimina o Palmeiras e será o rival do Fluminense na final da Libertadores

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Argentinos fecham espaços e exploram erros no Allianz Parque, sofrem empate com um a menos, mas garantem a vaga com brilho de Romero

O Boca Juniors será o adversário do Fluminense na final da Libertadores. Em semifinal heroica no Allianz Parque na noite desta quinta-feira, os xeneizes carimbaram a 12ª participação em decisões do torneio com vitória nos pênaltis por 4 a 2 sobre o Palmeiras, após empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Romero, que defendeu duas cobranças, foi o grande nome da noite.

O goleiro, ex-Manchester United e seleção argentina, fez linda defesa na cobrança de Veiga e parou Gustavo Gómez na segunda cobrança alviverde. Weverton chegou a abrir a disputa pegando cobrança de Cavani. Mas posteriormente às defesas de Romero, Valdez, Kevin, Valentini, Figal e Piquerez fizeram os seus. Coube a Pol Fernández bater a penalidade decisiva.

Fluminense e Boca Juniors se enfrentaram seis vezes em competições oficiais, todas em Libertadores — há ainda um sétimo jogo pela Taça do Atlântico, em 1956. Na edição de 2012, se encontraram na fase de grupos e nas quartas de final, que terminou em classificação dos argentinos, que perderam para o Corinthians na final. Já na Libertadores de 2008, o Fluminense eliminou o Boca na semifinal antes de cair na decisão para a LDU.

A noite no Allianz Parque

No primeiro tempo, o Palmeiras entendeu que mesmo atuando no Allianz Parque, sofreria o mesmo que em La Bombonera, na semana passada, para criar. Em linhas defensivas muito próximo, o Boca de Jorge Almirón foi a São Paulo disposto a fechar espaço para as rápidas trocas de passe alviverdes pelo meio. Com dificuldade para quebrar essas linhas, restou aos comandados de Abel Ferreira explorarem os sempre perigosos cruzamentos para a área.

Mas além de aplicado na defesa, o Boca estava concentrado para jogar no erro dos donos da casa. Foi assim que nasceu o primeiro gol, um lançamento longo que contou com uma rara falha no um contra um de Gustavo Gómez. Ex-Palmeiras, Merentiel se livrou da marcação e cruzou para Cavani abrir o placar, seu segundo gol com a camisa do time argentino.

E assim o camisa 10 quase conseguiu fazer o segundo, em erro na saída de bola da defesa palmeirense que terminou em gol do Boca, anulado por impedimento na origem da jogada.

Na segunda etapa, Abel Ferreira provavelmente entendeu que o vigor pelas pontas seria a saída com o meio e o miolo da área congestionados. Lançou mão dos jovens Endrick e Kevin, que progressivamente dariam muito trabalho à defesa xeneize, que foi reorganizada para uma linha de três, permitindo a alas como Barco (que quase marcou um golaço) contra-atacarem.

Pressão alviverde

Só que o jogo virou a favor dos donos da casa. O Palmeiras adiantou as linhas, empurrou o Boca para o próprio campo e conseguiu enfim quebrar as linhas que precisava. Em grande trama de Endrick pela direita, por exemplo, Mayke quase marcou no primeiro lance. No rebote, Zé Rafael parou em outra grande intervenção de Romero.

O goleiro ainda faria milagre em cabeçada de Rony, mas não resistiria a um lindo chute de Piquerez, de fora da área, para empatar a partida. Isso num momento em que o alviverde tinha um a mais, após expulsão pelo segundo amarelo de Rojo, que atingiu Endrick cinco minutos antes do empate.

A partir dali, os argentinos segurariam o jogo claramente com a intenção de levar a definição para os pênaltis. Eram várias as quedas em faltas sofridas que gastavam para mais de um minuto. Nos acréscimos, míseros cinco minutos, alvos de muita reclamação dos alviverdes. Num dos lances derradeiros do tempo regulamentar, Romero ainda fez linda defesa, no reflexo, em bicicleta de Rony.

Guillermo Fernandez, que bateu o último pênalti, comemora a vitória do Boca Juniors — Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Fonte: Extra.globo