Novo Horizonte do Sul completa 31 anos de Historia

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HISTÓRIA DE NOVO HORIZONTE DO SUL

Novo Horizonte do Sul originou-se de vários povos vindos dos quatro cantos do Brasil, para trabalhar em terras do Paraguai, e com o passar dos anos se uniram. Lutando para libertarção da escravidão do Paraguai. Os trabalhadores animados e organizados pelas lideranças de vários grupos das comunidades assumiram a luta pela terra, juntamente com os governos estadual e federal. Iniciaram as negociações com o Incra, ligado ao governo. Este teve papel fundamental na conquista de negociações ao dar assistência as problemáticas de sua competência. As famílias enfrentaram dificuldades para chegar e organizar suas casas no Paraguai, para, posteriormente, enfrentar todo sofrimento no acampamento da cidade de Mundo Novo. Esperaram a negociação da área até que todas as famílias fossem libertas. Aproximadamente entre 1965 e 1980, o governo criou o novo modelo agrícola, incentivando o plantio de soja e de outras lavouras mecanizadas em grandes extensões, alavancando a exportação ao construir a maior hidrelétrica do mundo, a Itaipu.

O modelo econômico e político brasileiro favorecia, somente, os latifundiários donos de capital. Muitas famílias foram ao Paraguai em busca de terras para cultivar e retirar o sustento para a família, entraram aos poucos formando grupos e pequenas vilas, mas sofreram com a opressão e a exploração. Na educação, por exemplo, muitas crianças ficaram sem estudar, pois ensinavam em língua castelhana e, muitas vezes, os brasileiros eram recusados por não fluir a língua. Algumas comunidades se uniam e conseguiam professores brasileiros que ensinavam a leitura e a escrita. A cada três meses, os brasileiros eram obrigados a renovar o permício, que lhes permitia a permanência no Paraguai, mas era caro e muitos não tinham condições de pagar. Continuavam a viver ilegalmente, por isso eram perseguidos e explorados. A terra era fértil, produzia bem, mas, na venda de produtos os preços não eram cotados. Quem trabalhava de arrendatário, entregava grande porcentagem dos produtos aos donos da terra, às vezes até tomavam toda a safra com ameaças. O comércio também era explorador, só conseguiam comprar o indispensável para o sustento e a sobrevivência. Com todos esses problemas e insegurança, a reforma agrária era o sonho de todo brasileiro, Muitas comunidades começaram a lutar para sair do Paraguai, sigilosamente, para que as autoridades paraguaias não descobrissem a ilegalidade. A igreja e alguns políticos apoiavam essa luta.

Em 1977 foi criado o estado de Mato Grosso do Sul, que incorporou a região de Novo Horizonte do Sul. No dia 14 de maio de 1985, cinco líderes foram até Brasília para negociar com o Ministro da Reforma Agrária a situação dos brasileiros ilegais que viviam no Paraguai e que queriam voltar ao Brasil com um lugar para morar. Foram informados de que fora do país nada podiam fazer. Após trinta dias voltaram ao Brasil e fizeram um grande acampamento no Município de Mundo Novo, perto da fronteira, com aproximadamente 800 famílias. O Governo assinou um convênio, mandou alimentação, assistência média e lonas. Mas as famílias das redondezas se ajuntaram ao acampamento formando cerca de 1000 famílias. A área era pequena para tanta gente, faltava higiene, a miséria era presente no local provocando mortalidade, principalmente infantil. As famílias se organizaram em grupos, respeitando sua comunidade de origem no Paraguai, que eram os seguintes: Santa Rosa, Canandu, Cuerpo Christi, Alvorada, Guaivirá, Santa Clara, Figueira, Maracajú, Caarapó, Ponte Kirrá e Guadalupe. Cada grupo tinha sua liderança e comissões. À noite faziam a segurança com rodízio de homens. As lideranças se reuniam freqüentemente com o Incra e outras autoridades. Os grupos de trabalhos, alimentação, saúde e higiene e liturgia celebravam os atos religiosos. Os cadastros de suas famílias eram feitos em Mundo Novo, ainda, com os seguintes critérios: ser casado, ter menos de 60 anos, ter toda documentação em dia, solteiros maiores de 21 anos. A viagem até a fazenda onde receberam suas terras foi sofrida e durou aproximadamente um mês. Situada na Gleba Santa Idalina, da empresa Someco, deram o nome de Gleba Novo Horizonte, porque aqui surgiu uma nova esperança, uma grande mudança, os grupos colocaram-se em localidades estratégicas, onde facilitaria o acesso a água etc. A divisão da área foi programada, lotes com 25 hectares e chácaras com 06 hectares, divididos por sorteio.

Logo o posto de saúde começou a funcionar, trouxeram a rede de energia de alta tensão, construíram barracos que eram salas de aula, depois o Incra construiu escolas de alvenaria que existem aqui, ainda hoje, construiu o Centro Comunitário, para reuniões e festas, as igrejas, e surgiam a Associação dos Trabalhadores Rurais, a CPT, a Comissão Pastoral da Terra. O governo continuou acompanhando o povo e incentivando os mini-projetos. No núcleo urbano, os lotes eram cedidos pelo Incra com uma exigência de construção em 90 dias. Assim, a cidade desenvolveu-se rapidamente. Logo surgiram mercados, bares, salões de baile, lojas, farmácias, açougues, veterinária, bancos, entre outros. Vieram pessoas de variadas classes sociais, a maioria de origem humilde. Muitos aventureiros e curiosos. Os moradores organizaram equipes de futebol, torneios, grandes baiões. A energia elétrica foi rebaixada ao instalar o posto telefônico e a rede de água. A Gleba Novo Horizonte do Sul pertencia ao Município de Ivinhema, Guiraí, Piravevê no Sul do Estado. Com o rápido desenvolvimento, logo surgiu a luta pela emancipação política. Distante de Ivinhema, 58 quilômetros, com estradas sem pavimentação tudo dependia desta. Devido à importância sócio-econômica do assentamento, em 17 de abril de 1992 foi criado o Município de Novo Horizonte do Sul, pela Lei 1.260, sendo instalado em 1 de janeiro de 1993.

TERMO “BRASIGUAIOS”

Também foi em Mundo Novo que o termo “brasiguaio” apareceu pela primeira vez. O significado da palavra, nesse momento, estava ligado à falta de direitos dos sem-terra brasileiros que estavam abandonando o Paraguai por não possuírem direitos naquele país, mas que ao chegar ao Brasil sua cidadania também lhe era negada pelo Estado, cuja justificativa era a de não residirem no país. No Paraguai não eram paraguaios e, no Brasil, também não eram brasileiros. Desse dilema, surge o termo “brasiguaios”.

HISTÓRIA POLITICA DE NOVO HORIZONTE DO SUL

Primeira Legislatura – Constituinte Municipal

A Câmara Municipal de Novo Horizonte do Sul é composta por 9 Vereadores e foi instalada em 1 de janeiro de 1993, pelos Vereadores: Carlito Correia Alves – eleito pelo PFL, Genivaldo de Holanda Campelo – eleito pelo PTB, Genivaldo José Francisco – eleito pelo PDT, Isaias dos Santos – eleito pelo PTB, João Batista Vieira – eleito pelo PFL, João do Carmo Marques – eleito pelo PMDB, João da Silva Ribeiro – eleito pelo PTB, José Fernandes Souza – eleito pelo PTB, José Veira de Souza – eleito pelo PMDB.

* Na Legislatura 1993/1996 – Assumiram a Vereança os Vereadores José Luiz Forte Filho, em susbstituição da vaga deixada pelo Vereador José Vieira de Souza; e, o Vereador José Maria Augustinho em substiuição do Vereador João da Silva Ribeiro, licenciado.

Segunda Legislatura

Foram eleitos para a segunda legislatura da Câmara Municipal de Novo Horizonte do Sul, no ano de 1996, os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 1997: Genivaldo de Holanda Campelo – PMDB, José Luiz Forte Filho – PMDB, Teotônio Monteiro da Silva Neto – PMDB, Joel Cândido da Silva – PFL, Ari Menegazzo Brizola – PFL, Ismael Oliveira da Rosa – PFL, Carlito Correa Alves – PSDB, Isaias dos Santos – PSDB e, José Fernandes Souza – PSDB.

Terceira Legislatura

No ano de 2000, foram eleitos os seguintes Vereadores para a terceira legislatura, empossados em 1 de janeiro de 2001: José Fernandes Souza-PSDB, Isaias dos Santos – PSDB, Joel Cândido da Silva – PFL, José Luiz Forte Filho-PMDB, João Pereira de Oliveira (João do Gás)-PMDB, Nilza Ramos Ferreira Marques-PMDB, Teotônio Monteior da Silva Neto-PMDB, João Francisco dos Santos (Chiquinho do PT)-PT, Romilda de Jesus Vilela (Romilda do PT)-PT.

* Na sessão legislativa de 2004 assumiu o Vereador Asemar Luiz Vieira em substituição da Vereadora licenciada Nilza Ramos.

Quarta Legislatura

Em 2004 foram eleitos para a quarta legislatura os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 2005: José Fernandes Souza – PL, Joaquim Vieira de Souza – PL, Jaconias da Silva Rosa Filho (Preto)-PFL, Luiz Carlos Fonseca (Luiz da Parabólica) – PFL, Isaias dos Santos – PFL, Asemar Luiz Vieira – PPS, Daniel Alves – PT, João Francisco dos Santos (Chiquinho do PT) – PT, e, Delso Alvaro Benedito – PT.

* Na sessão legislativa de 2005 assumiu o suplente de Vereador Adeildo Justino de Souza em substituição do Vereador licenciado (por força do Decreto-Lei nº 201/67) Joaquim Vieira de Souza; e, assumiu o suplente de Vereador João Mezari Duarte em substituição do Vereador licenciado (por força do Decreto-Lei nº 201/67) Delço Alvaro Benedito.

Quinta Legislatura

Em 2008 foram eleitos para a quinta legislatura os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 2009: Isaias dos Santos – PSDB, José Fernandes Souza – PMDB, Joaquim Vieira de Souza – PMDB, Jaconias da Silva Rosa Filho (Preto)-DEMOCRATAS, Luiz Carlos Fonseca (Luiz da Parabólica) – DEMOCRATAS, Marinalva Lemes Porte (Profª NALVA) – PMDB, Lindovan Peixto (Prof. Lindovan) – PT, João Francisco dos Santos (Chiquinho do PT) – PT, e, Delso Alvaro Benedito – PSDB.

Sexta Legislatura

Em 2012 foram eleitos para a sexta legislatura  os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 2013: Isaias dos Santos – PSDB, José Fernandes Souza – PMDB, Joaquim Vieira de Souza – PSDB, Jaconias da Silva Rosa Filho (Preto)-PDT, Elmar Passos – PR, Luiz da Saúde – PT, Carlitão – PR, Josy Michels – PT e Ademir de Oliveira – PR.

Setima Legislatura

Em 2016 foram eleitos para a sétima legislatura  os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 2017: Carlitão – DEM, Ademir de Oliveira – PR, Daniel – PT, Lucineia – PDT, Regiane Camargo – PPS, Izequiel da Conveniência – PPS, Paulo Weiler – PSDB, Chiquinho do PT – PT e Delco do Cristo Rei – PDT.

Oitava Legislatura

Em 2020 foram eleitos para a oitava legislatura os seguintes Vereadores, empossados em 1º de janeiro de 2021: Zezinho – PTB, Paulinho da Saúde – PSDB, Inês do Carlitão – PSDB, Ademir – PSDB, Regiane Camargo – PSDB, Luiz da Saúde – MDB, Nalva Lemes – MDB, Roberson Miotti – PSL e Alemão – PSDB.

PREFEITOS
1º Prefeito – Luiz Pastel de 1993 à 1996
2º Prefeito – Adilço Scapin de 1997 à 2000
3º Prefeiro – Adilço Scapin de 2001 à 2004
4º Prefeito – Marcilio Alvaro Benedito de 2005 à 2008
5º Prefeito – Marcilio Alvaro Benedito de 2009 à 2012
6º Prefeita – Nilza Ramos de 2013 à 2016
7º Prefeito – Marcilio Alvaro Benedito de 2017 à 2020
8º Prefeito – Aldenir Barbosa (Guga) – Atual Prefeito