Olimpíada: Érica Sena perde medalha ao ser punida na última curva
Érica Sena durante a disputa da marcha atlética nas Olimpíadas de Tóquio (REUTERS/Kim Hong-Ji)
A brasileira Érica Sena ficou a poucos metros de conquistar a tão desejada medalha olímpica, mas recebeu uma punição de dois minutos e ficou fora do pódio na prova de 20km da marcha atlética nas Olimpíadas de Tóquio.
Na prova realizada na cidade de Sapporo, na Ilha de Hokaido, Sena se manteve no pelotão da frente por boa parte da prova. Faltando uma volta para o fim, ela estava em terceiro lugar, brigando pela segunda posição, mas acabou tomando a terceira advertência por movimento irregular e foi obrigada a ficar parada por dois minutos quando já via a linha final próxima.
Na marcha atlética, árbitros fiscalizam o movimento dos atletas, tentando impedir que os atletas tirem os dois pés do chão ao mesmo tempo, dobrem o joelho ou façam algum movimento não característico da modalidade. Após três advertências, o atleta tem que parar por dois minutos. Na quarta, ele é expulso da competição.
O ouro foi para a italiana Antonella Palmisano, que comemorou o aniversário no ponto mais alto do pódio olímpico. A colombiana Sandra Lorena Arenas e a chinesa Hong Liu fecharam o pódio.
Quem é Erica Sena?
Aos 36 anos, a pernambucana de Camaragibe radicada em Cuenca, no Equador, é uma das atletas brasileiras mais regulares dos dois últimos ciclos olímpicos. Em uma das provas mais difíceis da modalidade, ela conseguiu ficar entre as melhores nos últimos três Mundiais: 6ª colocada em 2015, 4ª em 2017 e 2019, além do 7º lugar na Olimpíada de 2016. Ainda obteve um bronze na Copa do Mundo em 2016 e medalhas em diversas provas internacionais.
Sobre a regularidade obtida desde 2014, Érica destaca que não é nada fácil se manter no topo: “A cada ano parece que vai ficando mais difícil. São dias de trabalhos fortes, feriados que passo treinando, coisas que tenho de abrir mão por esse sonho. Mas para mim não é um sacrifício. Eu amo meu trabalho apesar de existir dias em que é preciso muito profissionalismo, porque o corpo não quer responder”.
