Doria promete ajudar a levar Bolsonaro a tribunais internacionais

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© Reuters

Doria declarou que pretende auxiliar para que Bolsonaro “seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros”

Ogovernador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai ajudar a levar o presidente Jair Bolsonaro a julgamento em tribunais internacionais por sua condução no combate à pandemia de covid-19 no País. Em comissão de acompanhamento da pandemia no Congresso, nesta segunda-feira (15), Doria declarou que pretende auxiliar para que Bolsonaro “seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros”.

Segundo o governador, “daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o País, que vive a sua maior tragédia, e temos um Presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida. Pois eu desprezo Jair Bolsonaro e desprezo todos que, como ele, são negacionistas”, disse o governador. “O que ele está promovendo no Brasil é um genocídio.”

O governador repetiu que o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, completará a entrega de mais 5,3 milhões doses da Coronavac ao Ministério da Saúde nos próximos dias e reforçou críticas ao governo federal. Segundo ele, em três dias, o Butantan entregará “mais vacinas para o Brasil do que todas as outras vacinas que o governo federal prometeu e pouco entregou”.

“Até agora, o Ministério da Saúde, que promete, promete, promete e promete, só disponibilizou 4 milhões de doses da vacina de Oxford e da vacina AstraZeneca para os brasileiros”, destacou o governador paulista.

Doria também se solidarizou com governadores que, como ele próprio, enfrentaram manifestações em seus Estados contra as medidas adotadas para combater a disseminação da covid-19. “Eu também, ontem, aqui, tive manifestações na porta da minha casa, xingamentos a mim, ameaças a mim, a minha esposa, aos meus filhos. Não foi a primeira vez, não será a última vez. Esse é o clima, infelizmente, que temos no País, e é o preço que nós, governadores, pagamos.”

Com relação às medidas do plano emergencial que entraram em vigor hoje no Estado de São Paulo, o governador anunciou uma força tarefa com a Polícia Militar, Polícia Civil, Procon, prefeituras municipais, vigilância sanitária e guardas metropolitanas, para coibir eventos, “seja até em cassino”, disse, em referência ao fechamento de dois estabelecimentos de jogos clandestinos no Estado. “Um deles, até com pessoas que deviam dar o exemplo de conduta aos demais e deram exatamente o pior exemplo” afirmou o governador, referindo-se ao jogador Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo, encontrado em um dos flagrantes.

Fonte: Noticias ao Minuto