Viúva da Mega-Sena vai para regime semiaberto e passa Natal em casa

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Adriana Almeida, em foto no sistema penitenciário Foto: Reprodução

Adriana Ferreira Almeida, a Viúva da Mega-Sena, conseguiu progredir do regime fechado para o semiaberto e recebeu autorização da Justiça para passar o Natal na casa de sua mãe, em Tanguá, na Região Metropolitana do Rio. A ex-cabeleireira foi condenada a 20 anos de prisão por ser mandante do assassinato do ex-lavrador e milionário René Senna, em janeiro de 2007. Ela está presa desde junho de 2018.

De acordo com a decisão da juíza Roberta Barrouin Carvalho de Souza, da Vara de Execuções Penais, que garantiu à Adriana o benefício da Visita Periódica ao Lar, a ex-cabelereira “possui conduta disciplinar abonadora”. Documentos da Secretaria estadual de Administração Penitenciária definem seu comportamento dentro da cadeia como “ótimo”.

Renê e Adriana

Renê e Adriana

A autorização para deixar o Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro foi concedida em outubro. A saída de Natal, no entanto, é a primeira a que a ex-cabeleireira tem direito. Ao longo do ano, ela tem direito a cinco saídas da cadeia para visitar a família. Ela ja cumpriu, ao todo, quase quatro anos da pena — em dois períodos: o atual e um ano logo após o crime, em que ficou presa preventivamente, antes da sentença.

Em setembro do ano passado, esgotaram-se os recursos possíveis, e Adriana foi condenada definitivamente pelo assassinato de René Senna. Em dezembro de 2019, a ex-cabeleireira tentou se beneficiar do novo entendimento do STF sobre prisões após condenação em segunda instância e pediu para ser posta em liberdade. O ministro Alexandre de Moraes negou o pedido.

René Senna foi executado a tiros por dois homens contratados por Adriana, em Rio Bonito, na Região Metropolitana. De acordo com a sentença que condenou a ex-cabeleireira, ela ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria a excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído.

Adriana vai continuar presa
Adriana vai continuar presa Foto: Fabiano Rocha

O documento que a beneficiava já foi anulado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio, de fevereiro de 2018. A herança ainda é objeto de disputa entre a filha e 13 irmãos de René Senna. O sítio em que o casal vivia antes do crime — um dos bens mais valiosos da herança — está hoje abandonado. A propriedade tem 9,3 quilômetros quadrados, campo de futebol, quadra de vôlei, pomar e uma casa com sete quartos, cinco banheiros, quatro salas, adega, duas piscinas, sauna e churrasqueira.

Durante o julgamento em que foi condenada, em 2016, Adriana disse que amava René e que sua vida era muito melhor quando ele estava vivo: “Eu tinha tudo”, afirmou na ocasião. No entanto, ela admitiu que tinha um amante desde meses antes da morte de René. Em abril de 2018, a Justiça determinou que Adriana fosse presa. Ela foi capturada pela Polícia Civil dois meses depois, em Tanguá.

Fonte: Extra.globo