ONU: Bolsonaro responsabiliza imprensa pela crise da Covid no Brasil

Compartilhe

© Reuters

O presidente ainda defendeu a cloroquina, medicamento sem comprovação científica para tratamento da covid-19

Na manhã desta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou na Assembleia Geral da ONU e usou seu espaço para rebater críticas ao seu governo. Outros chefes de Estado aproveitaram o momento para estreitarem acordos internacionais e debaterem as questões globais de saúde provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

Bolsonaro começou seu discurso jogando as responsabilidades para conter a disseminação da covid-19 para os governadores de estado e criticou a imprensa brasileira: “A pandemia cresceu e a imprensa brasileira quase trouxe o caos social ao país”, disparou. O presidente continuou e ainda defendeu o uso da cloroquina, medicamento sem comprovação científica para tratamento da covid-19.

Depois, Bolsonaro afirmou que houve uma “campanha de desinformação sobre a Amazônia e Pantanal”, onde ele afirmou que a “intenção era a de prejudicar o governo e o Brasil”.

Em outro momento do discurso, o presidente acusou o governo da Venezuela de despejar óleo no litoral brasileiro. No entanto, durante investigações que ocorreram durante o ano passado, as autoridades federais explicaram que não existia confirmação de que a Venezuela seria responsável pelas manchas de óleo que surgiram nas praias do Brasil. Depois, Bolsonaro citou a ‘Operação Acolhida’, projeto onde, com a ajuda da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil, recebe e dá apoio a refugiados da Venezuela.

O presidente brasileiro terminou seu discurso criticando a cristofobia e citou o oriente médio, onde há outras crenças religiosas. Bolsonaro ainda exaltou o acordo de paz proposto por Donald Trump entre os israelenses e palestinos, situação que vem provocando mais tensão entre grupos extremistas.

Fonte: Noticias ao Minuto