Multa alta e Braz seguram Domè no Flamengo, apesar da pressão

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(Alexandre Vidal/Flamengo)

O processo de fritura ao técnico espanhol Domènec Torrent é externo e nas últimas horas também interno. Depois da derrota por 5 a 0 para o Independiente del Valle, na noite de quinta-feira, o presidente Rodolfo Landim passou a ser pressionado por dirigentes próximos para demitir Domè.

Mas dois pontos jogam a favor da permanência do substituto de Jorge Jesus: Marcos Braz e a multa rescisória alta prevista em contrato. Ninguém na Gávea confirma as cifras, mas o próprio presidente já afirmou que as cifras são bem superiores ao 1 milhão de euros dos tempos de JJ.

Já a questão com Braz tem a ver com uma guerra de bastidores. O vice de futebol trava queda de braço com Luiz Eduardo Baptista, mais conhecido como Bap, que é vice-presidente de relações externas e o grande aliado de Landim.

Braz é radicalmente contrário à demissão de Domè e já deu a entender que pode deixar o Flamengo se o espanhol for dispensado. Foi o vice de futebol quem o contratou, depois de ouvir “não” de Marco Silva, Leonardo Jardim e Carlos Carvalhal.

Foi naquele momento que Bap começou a trabalhar nos bastidores por Miguel Angel Ramirez. Há quem garanta, inclusive, que houve um contato entre o dirigente e o técnico. Preocupado com os movimentos do rival, Braz acelerou o processo de escolha e fechou com Domè.

Desde a chegada do espanhol, são 11 partidas, com cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas, com aproveitamento de 51% – o Fla de Domè já tem o mesmo número de derrotas de Jorge Jesus. O Rubro-Negro ainda tem a quarta pior defesa do Brasileiro e da Libertadores, sem contar a relação não muito amistosa do comandante com alguns dos líderes do grupo.

Fonte: Yahoo