Alexandre de Moraes encaminha à PGR notícia-crime que mira Bolsonaro

Compartilhe

BRASÍLIA — O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a notícia-crime que mira o presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ).

O procedimento, considerado de praxe, faz parte do andamento do processo. Desse modo, a PGR deve indicar se a conduta do presidente e de seus filhos deve ser alvo de apuração na Corte.

A representação no STF foi feita pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC). A petição se refere à exclusão pelo Facebook de 88 contas ligadas ao gabinete do presidente e dos filhos, que ainda não são formalmente investigados pelo caso. A parlamentar pede ainda que a notícia-crime seja ao inquérito das fake news, que já tramita no STF.

Entenda: Por que a ação do Facebook ameaça Bolsonaro no Judiciário

Segundo a plataforma, as 88 contas, grupos e páginas foram excluídos da rede social porque violaram as políticas de autenticidade do Facebook ao ludibriar os usuários, na medida em que se passavam por veículos de imprensa para disseminar informações falsas. Os administradores dos perfis inautênticos seriam ligados a assessores da família Bolsonaro e deputados do PSL e atuariam, de acordo com a empresa, de maneira coordenada para propagar conteúdo político.

O inquérito das fake news no Supremo apura ataques e ofensas ao STF. Em maio, com autorização de Alexandre de Morais, a Polícia Federal chegou a apreender equipamentos de aliados e apoiadores do presidente no caso. O PSOL, inclusive, também pediu que as medidas tomadas pelo Facebook para excluir as contas bolsonaristas fizessem parte deste processo.

Moraes autorizou que a PF tivesse acesso às informações levantadas pelo Facebook, de modo a colher informações tanto para o inquérito das fake news quanto para o que investiga os organizadores de atos antidemocráticos, casos em que Moraes é o relator.

Fonte: Yahoo